Na sexta-feira ministramos sobre a crucificação de Jesus. Hoje falaremos sobre sua morte e ressurreição.
Mateus 27.45: E, desde a hora sexta, houve trevas sobre toda terra, até a hora nona.
Não sabemos como sobrevieram essas trevas, mas é certo que DEUS foi o causador. A natureza estava testemunhando a gravidade da morte de Jesus, enquanto seus amigos e inimigos se mantinham silenciosos na escuridão que os cercava. As trevas daquela tarde de sexta-feira eram uma manifestação física e espiritual.
Mateus 27.46: E, perto da hora nona, exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lemá sabactâni, isto é Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
Neste momento Jesus estava exclamando a primeira frase do Salmo 22. E neste momento Ele estava carregando sobre Ele todos os pecados do mundo, e isto o separava do Pai (Isaías 59.2 afirma que as nossas iniquidades fazem separação entre nós e Deus). Era o que Ele mais temia quando orou no jardim do Getsêmani, pedindo que DEUS afastasse dele o cálice (26.39).
Mateus 27.47-49: E alguns dos que ali estavam, ouvindo isso, diziam: Este chama por Elias. E logo um deles, correndo, tomou uma esponja, e embebeu-a em vinagre, e, pondo-a numa cana, dava-lhe de beber. Os outros, porém, diziam: Deixa , vejamos se Elias vem livrá-lo.
Os espectadores interpretavam mal as palavras de Jesus, e pensaram que Ele estivesse clamando por Elias, pelo fato dele ter sido arrebatado (2 Reis 2.11). Os judeus acreditavam que ele voltaria para livrá-los de grandes provações (Malaquias 4.5). Em sua refeição anual da páscoa, cada família judaica preparava um lugar a mais à mesa para Elias, na expectativa de seu retorno.
Mateus 27.50-51: E Jesus, clamando outra vez com grande voz, entregou o espírito. E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras.
O templo era dividido em três partes principais: os Átrios, o Lugar Santo (onde somente os sacerdotes podiam entrar) e o Lugar Santíssimo (onde somente o sumo sacerdote podia entrar uma vez por ano, para fazer expiação pelos pecados da Nação - Levítico 16.1-34). A cortina que separava o Lugar Santo do Santíssimo rasgou-se em duas partes no momento da morte de Cristo, simbolizando que a barreira que havia entre Deus e a humanidade fora removida. Agora, todos poderiam aproximar-se de DEUS por meio do sacrifício que Cristo fez ao levar sobre si os nossos pecados (confira Hebreus 9.1-14; 10.19-22).
Pr. José Luiz Lacerda Soares